Com o mote de “consolidar e reforçar o sistema tecnológico e científico nacional através de recursos de Computação Avançada para Investigação e Inovação”, a FCCN – responsável pela Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade -, sob a alçada da Fundação para a Ciência e Tecnologia, lança a 3ª edição do concurso de projetos, com as candidaturas a serem abertas amanhã, 25 de outubro, e com diferentes dias de fecho – consoante a categoria em que se inserir.
Vão ser disponibilizadas 36 milhões de CPU core.horas ou vCPU.horas e 105 GPU.horas em diferentes plataformas da Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA), que funcionam como centros operacionais. Os projetos selecionados vão ser suportados pela Infraestrutura Nacional de computação Distribuída (INCD) através dos sistemas Cirrus (HPC) e Stratus (cloud), pelo supercomputador BOB, operado pelo Minho Advanced Computing Center (MACC), pelo Navigator, operado pelo Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra (LCA-UC), e pelo Oblivion, operado pelo High Performance Computing da Universidade de Évora (HPC-UÉ).
Podem ir a concurso projetos que integrem áreas de Computação de Alto Desempenho (HPC), Cloud Científica e Ambientes Virtuais de Investigação (VRE) aplicadas, por exemplo, em simulações de modelação climática ou molecular, melhorias nas linhas de produção industrial, desenvolvimento de novos materiais ou inteligência artificial.
Este concurso conta com três áreas de acesso distintas. O Acesso Experimental (A0) destina-se a equipas sem experiência ou utilização prévia destes recursos da RNCA. O Acesso Preparatório ou Desenvolvimento (A1) é recomendado no documento do concurso para “testes de performance de software, otimização de código, testes de escalabilidade, benchmarking, re-factoring ou para projetos de curta duração”. O Acesso Projeto ou Regular (A2), como o próprio nome indica, é para equipas que apresentem projetos científicos ou de inovação com experiência prévia.
Cada uma destas tipologias tem o seu próprio número máximo de horas para utilizar e a duração do projeto. Para já, fica a indicação de que as candidaturas para o A2 são as primeiras a encerrar. Os interessados poderão enviar a candidatura – preenchendo um formulário próprio da FCT – até 6 de dezembro de 2022. Pelo mesmo método, as submissões para o A0 e A1 estão a decorrer até 31 de maio de 2023 ou então até os recursos disponíveis esgotarem.
Estão aptos a participar instituições de Investigação e Desenvolvimento (I&D) – incluindo as privadas sem fins lucrativos-, laboratório coletivos, centros de interface tecnológicos, infraestruturas, redes e consórcios de ciência e tecnologia, empresas que desenvolvam projetos de computação avançada em atividades de investigação, desenvolvimento e inovação e pessoas singulares que exerçam atividade no país que queiram usar a computação avançada em qualquer área científica.
Cada investigador responsável (IR) ou o co-investigador responsável (co-IR) pode submeter uma candidatura para a tipologia A2 e o mesmo acontece para o A0 e A1, com a diferença de que o pode fazer a cada três meses, estando esta dependente dos recursos que existirem na altura.
Mais informações sobre as candidaturas, o formulário e as condições, bem como os métodos de seleção estão disponíveis no site da RNCA ou no da FCT.