EUA em aposta massiva para dominar o universo exascale

Polaris, a nova máquina do Argonne National Laboratory, está a servir de cobaia para os Estados Unidos da América cruzarem, outra vez, a barreira exascale.

Theta era, até o início do mês de agosto, o sistema mais poderoso do Departamento de Energia do Argonne National Laboratory, nos Estados Unidos da América. Agora, com quatro vezes a sua potência, surge Polaris, com 44 petaflops. Foi construído com processadores AMD Epyc e GPUs Nvidia, à semelhança do Frontier – o primeiro supercomputador exascale do mundo, instalado no Oak Ridge National Laboratory.

A nova máquina, desenvolvida pela HPE no espaço de um ano, é a rampa de lançamento para o futuro sistema exascale do laboratório Argonne, o Aurora, que já deveria ter sido lançado em 2018, de acordo com o que foi noticiado pelo Data Center Dynamics, mas alegados problemas nos processadores vieram quebrar os planos.

Já há vários trabalhos planeados para o Polaris, com especial destaque para aqueles que estão a preparar a chegada do Aurora. Assim, ficará de imediato encarregue de apoiar o Projeto Exascale Computing (ECP), do Departamento de Energia do Argonne, e o Programa Aurora Early Science (ESP).

É de esperar que este supercomputador pré-exascale também apoie projetos que utilizem HPC e Inteligência Artificial aplicada à ciência. Katherine Riley, diretora de Ciência da Argonne Leadership Computing Facility destaca a ação do novo sistema em áreas como “o cancro, a realização de simulações cosmológicas maciças para avançar com a compreensão do universo, e na modelação de fluxos de turbulência para desenhar aeronaves mais eficientes”.

A edificação do Polaris com sistemas híbridos que combinam CPUs e aceleradores GPU tornam-no, em termos de arquitetura, semelhante ao que se projeta para o Aurora. Mas há outras tecnologias partilhadas entre as máquinas para que, segundo os especialistas do Argonne National Laboratory, a transição para o tão esperado supercomputador exascale seja facilitada.