Há novidades sobre JUPITER, o primeiro supercomputador exascale da Europa

O contrato de aquisição do JUPITER foi assinado na passada terça feira, 3 de outubro, entre a EuroHPC JU e a empresa alemã ParTec e a francesa Eviden. O primeiro supercomputador exascale europeu vai começar a ser instalado no início de 2024 e prima por uma configuração inovadora!

Os preparativos para receber a primeira máquina europeia que será capaz de realizar um bilião de biliões de cálculos por segundo, seguem a bom ritmo. Para que melhor se compreenda o poder deste supercomputador, se cada pessoa (a nível mundial) realizasse um cálculo por segundo, seriam precisos quatro anos para fazer o que JUPITER será capaz num único segundo.

Depois de conhecido o centro que a vai operar – o Centro de Supercomputação Jülich, na Alemanha -, sabe-se agora que foi oficialmente assinado o contrato entre a EuroHPC Joint Undertaking (EuroHPC JU) e as empresas ParTec – a empresa alemã que desenvolve e fabrica supercomputadores modulares e computadores quânticos – e a Eviden – a francesa do Grupo ATOS, especialista em computação avançada. “É um passo fundamental na concretização do nosso objetivo de trazer a computação exascale para a Europa. Com a experiência combinada dos nossos parceiros e o empenho contínuo da EuroHPC em reforçar a capacidade de computação europeia, o JUPITER revolucionará o panorama europeu da HPC e reforçará a excelência europeia no domínio da HPC”, diz, em comunicado, Anders Dam Jensen, diretor executivo da EuroHPC JU.

Este o consórcio está responsável pela aquisição, entrega, instalação, hardware, software e manutenção do primeiro supercomputador exascale da Europa. O início dos trabalhos está previsto para os primeiros meses de 2024. A partir desse momento, poderá ser testado por utilizadores, de forma a manter todas as entidades envolvidas em estreita colaboração na construção do melhor sistema possível.

JUPITER marcará a diferença por ter na sua configuração o novo processador Rhea, da SiPearl – que é desenhado na Europa e baseado na arquitetura ARM -, associado à tecnologia de aceleração da NVIDIA.

Esta decisão de ter o cluster principal do supercomputador assegurado por CPUs ARM contraria a tendência da utilização de chips x86: seis das máquinas que compõem o top 10 mundial usam-nos e apenas um prima pelo ARM. A este, vai juntar-se JUPITER, que ficará assim particularmente habilitado a realizar simulações complexas, ao mesmo tempo que estará bem preparado para receber tecnologias futuras, nomeadamente a computação quântica.